Aviação civil
Quem pretende se tornar piloto de avião tem dois caminhos: pode fazer um curso em algum aeroclube ou, ainda, optar por uma graduação de aviação civil oferecida por instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação. Uma das vantagens de quem tem formação superior nesta área é que, segundo especialistas, na hora de contratar pilotos, as grandes companhias aéreas exigem menos horas de voo e estes ingressam mais rápido no mercado de trabalho do que os formados em aeroclubes.
Uma hora de voo pode custar até R$ 1.000 e toda a parte prática é
realizada nos aeroclubes. As instituições de ensino costumam ter
simuladores de voo, mas eles não são suficientes para o estudante
cumprir a carga horária exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) na formação de pilotos.
"Para a Anac, tanto o aeroclube como a universidade são escolas de
aviação. Temos a mesma homologação dos aeroclubes. A grande diferença é
que o aeroclube ensina somente aquilo que ocorre no voo e a universidade
ensina também todas as áreas relacionadas, e proporciona um
conhecimento amplo em relação à aviação", afirma Edson Luiz Gaspar,
coordenador do curso de aviação civil da Universidade Anhembi Morumbi.

O conteúdo do curso de aviação civil inclui disciplinas relacionadas à
física como aerodinâmica de voo, navegação, meteorologia e regulamento
de tráfego aéreo. A duração é de três anos. A graduação também habilita o
profissional a trabalhar em áreas administrativas como gestor de
aeroportos ou de empresas aéreas.
"Na aviação há várias carreiras com diferentes atuações. Em uma
companhia aérea, por exemplo, há pessoas que gerenciam a aeronave, a
compra e a venda das passagens, elaboram a escala de voo, cuidam da
saúde do piloto. Há uma equipe muito grande que permite que o piloto voe
e atinja seu destino", diz Gaspar.
Por conta dessa ampla capacitação é comum, de acordo com o coordenador,
muitos alunos ingressarem na aviação civil em cargos administrativos
para bancar a parte prática do curso com as horas de voo e depois
migrarem de área e se tornarem pilotos.
Apesar das vantagens, a graduação, no entanto, pode ser uma opção mais
cara se comparada ao curso dos aeroclubes. Segundo Gaspar, a faculdade
custa de R$ 120 mil a R$ 150 mil, incluindo as horas de voo, enquanto no
aeroclube, o preço deve ficar em torno de R$ 100 mil.
Percurso para voar
Depois de passar por uma rígida bateria de exames médicos no Hospital da Aeronáutica, estudar a parte teórica, fazer 40 horas de voo e concluir o primeiro ano de faculdade, o estudante recebe o brevê (licença) para atuar como piloto privado, o que não permite que ele seja remunerado. A partir do segundo ano do curso, com nova série de exame e mais 40 horas de voo instrumental e outras 70 horas de voo (noturno e diurno), o estudante adquire o brevê de piloto comercial e já pode trabalhar.
Depois de passar por uma rígida bateria de exames médicos no Hospital da Aeronáutica, estudar a parte teórica, fazer 40 horas de voo e concluir o primeiro ano de faculdade, o estudante recebe o brevê (licença) para atuar como piloto privado, o que não permite que ele seja remunerado. A partir do segundo ano do curso, com nova série de exame e mais 40 horas de voo instrumental e outras 70 horas de voo (noturno e diurno), o estudante adquire o brevê de piloto comercial e já pode trabalhar.
Carlos Kodel, de 37 anos, é piloto da Avianca Linhas Aéreas e se formou
em aviação civil em 2003 pela Anhembi Morumbi. Para ele, a faculdade
deu uma boa base para a progressão da carreira. "No curso você tem
acesso a uma gama de matérias que te dão uma noção de 360 graus de tudo
que ocorre a sua volta. Pilotos que têm curso superior de aviação levam
vantagem e as empresas aéreas entenderam isso."
Agronomia
Mais do que gostar do campo, colher ou plantar, o engenheiro agrônomo é um profissional que precisa ter uma visão de toda a cadeia de produção, que vai da agricultura até o processo de comercialização. O curso superior, que dura em média cinco anos, habilita o engenheiro agrônomo a planejar e executar ações relacionadas à produção agropecuária.
Como transita por várias áreas do conhecimento, o agrônomo pode atuar
em institutos e órgãos de pesquisa em vários setores como áreas
técnicas, manejo de solo e animais, mecanização e agronegócios, entre
outros.
O setor sucroalcooleiro, que já expandiu o mercado nos últimos cinco
anos, promete ser um dos mais promissores para os agrônomos no futuro,
segundo Luciano Rodrigues, gerente de economia e análise setorial da
Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), com sede em São Paulo.
“Em 2005, tínhamos 320 usinas de cana-de-açúcar no país. Hoje, são mais
de 430. A produção de cana, que em 2005 era de 390 milhões de
toneladas, hoje é de 630 milhões de toneladas. Este crescimento trouxe
uma demanda muito grande de profissionais para trabalhar no setor e o
agrônomo, sem dúvida, é um dos mais requisitados”, diz Rodrigues, que é
formado em engenharia agronômica pela Escola Superior de Agricultura
(Esalq) da USP, com campus em Piracicaba (SP).

Especializado em economia, Rodrigues, hoje, vai pouco ao campo.
Substituiu as botas, geralmente associadas ao profissional que trabalha
com agricultura, pelas roupas sociais e pelo ar-condicionado do
escritório.
“Na minha área, mesclo os conhecimentos técnicos da agronomia com os
conhecimentos de economia. Às vezes, tenho de visitar o campo para
entender o mercado e os preços. É preciso entender o que está
acontecendo nas plantações”, afirma.
De acordo com o engenheiro agrônomo, o setor sucroalcooleiro teve um
"boom" há cinco anos e atualmente vive uma expansão menos intensa. Mas
não por muito tempo. “Não tenho dúvidas que, daqui a alguns anos, vamos
ver uma nova onda de investimentos em função das excelentes perspectivas
de médio e longo prazo para o mercado de açúcar e principalmente para o
de etanol.”
DicaQuem pretende seguir a carreira de olho nas
oportunidades do mercado precisa ter aptidão pelas ciências exatas e
naturais – base das grades curriculares dos cursos de graduação, que
também podem ter como nomenclatura apenas agronomia.
A dica de Rodrigues é para o estudante não ficar restrito à sala de aula e participar de projetos de pesquisa e estágios.
Para poder atuar, depois de concluir o curso, o estudante precisa obter
o registro no Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia
(Crea) do seu estado.
Engenharia civil
Área exige interesse por trabalho em grupo.
Grandes obras aumentam a demanda por profissionais.

“Os alunos, em torno do quarto ano, do nono semestre, já saem
praticamente empregados. A gente não tem casos de recém-formados
desempregados. O mercado da engenharia civil é muito relativo com a
questão de governo, de investimento em grandes obras”, diz Michele.
A professora conta que o mercado oferece uma gama ampla de
oportunidades. Os profissionais podem trabalhar tanto no setor público,
com obras públicas nas esferas municipais, estaduais e federais, como no
privado, além da possibilidade de seguir a carreira militar. Dentro das
Forças Armadas, a maioria das vagas se localiza no Exército, mas também
há oportunidades na Marinha e na Aeronáutica, segundo a engenheira.
Porém, para atuar neste mercado, é preciso saber trabalhar em grupo. “O
engenheiro civil não pode ser individualista, ele tem que saber
trabalhar em equipe. Ele pode trabalhar tanto internamente em
escritórios, com projetos, como também em campo”, afirma Michele.
Formação
O curso de graduação em engenharia civil tem a duração de cinco anos. Os dois primeiros são dedicados à construção de uma formação mais sólida nas áreas de matemática e física, que são a base do conhecimento do engenheiro e ajudam a melhorar o raciocínio lógico que será utilizado pelos profissionais em campo. Nos outros três, os alunos passam para a parte profissional e estudam os segmentos específicos da carreira, como as áreas hidráulica, estrutural e de geotecnia.
O curso de graduação em engenharia civil tem a duração de cinco anos. Os dois primeiros são dedicados à construção de uma formação mais sólida nas áreas de matemática e física, que são a base do conhecimento do engenheiro e ajudam a melhorar o raciocínio lógico que será utilizado pelos profissionais em campo. Nos outros três, os alunos passam para a parte profissional e estudam os segmentos específicos da carreira, como as áreas hidráulica, estrutural e de geotecnia.
O trabalho em laboratórios realizado durante o período na universidade
pode dar uma noção de como será a vida do engenheiro e auxiliar o
estudante a optar por um segmento de preferência dentro da engenharia
civil.
Após a graduação, caso deseje voltar a carreira para as aulas em
universidades e a realização de experimentos, o engenheiro pode optar
por um mestrado e, se ainda quiser continuar o estudos, um doutorado.
Mas, segundo Michele Dal Toé Casagrande, antes de escolher um caminho, é
interessante experimentar tudo o que a engenharia civil pode oferecer.
Ela usa a sua própria trajetória para exemplificar: “Eu me formei em
engenharia civil e fiz estágios em diversas áreas: em projetos, em
hidráulica, em acompanhamento de obras e decidi pela geotecnia, que
envolve fundações, tudo relacionado a solos e rochas, para a construção
de estradas. Depois eu fiz mestrado e doutorado para poder atuar como
acadêmica em geotecnia.”
Com base em observações do mercado, a professora afirma que o salário
inicial varia bastante, dependendo da função que ele ocupa e se ele
trabalha como autônomo, na área pública ou em alguma empresa, mas
estaria na faixa entre R$ 4,5 mil a R$ 6 mil. Em São Paulo, o Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo
(Crea-SP) estabelece como piso salarial o valor de R$ 3.270 (seis
salários mínimos) para seis horas de trabalho.
Gerir a própria empresa ou a do empregador. Torná-la lucrativa e crescente.
Ter planejamento e estratégia do negócio. Para ser um administrador de empresas
é preciso, sim, entender sobre a área, o que o mercado quer e busca. Só que
mais do que administrar uma empresa apenas com técnicas, um administrador tem
que saber que, nos tempos de hoje, é preciso saber administrar pessoas.
Administração de empresas
Globalização e evolução de
negócios inverteram valores na área.
Pessoas passaram a ser prioridade para um bom resultado do negócio.
Pessoas passaram a ser prioridade para um bom resultado do negócio.

É desse modo que Erimar Bergamo,
diretor de loja da rede de home center Leroy Merlin, descreve o papel atual de
um administrador, que é a profissão destacada pelo Guia de Carreiras, nesta
terça-feira (16).
Formado em administração de
empresas há 18 anos e pós-graduado em marketing, Bergamo diz que é
importante saber trabalhar em equipe. “Para ser um administrador tem que
entender da parte financeira, mix de produtos, noções de oferta. Tornar o
negócio lucrativo. Mas é preciso manter o clima organizacional, de motivação e
respeito às pessoas. Eu, como administrador, não dou resultado. Quem dá
resultado são as pessoas que trabalham comigo”, afirma.
Segundo ele, é preciso manter o
equilíbrio financeiro e a boa gestão de pessoas. “No passado, primeiro se
olhava resultado e depois as questões do clima organizacional da equipe. Com a
evolução dos negócios e a globalização, houve essa inversão, as pessoas passam
a ser prioridade dentro das companhias”, afirma.
O diretor trabalha em uma unidade que faz parte de uma rede de lojas.
Administra o negócio com uma equipe de 200 pessoas. São 12 gerentes ligados
diretamente a ele, distribuídos por 14 sessões comerciais e três sessões de
apoio, que incluem as áreas de caixa, logística e gestão da loja.
Dinâmico
Quem pretende trabalhar na área e ter diferencial precisa ser dinâmico, saber lidar com pessoas, ter ambição profissional e aderir aos valores da empresa. Erimar afirma que a profissão é generalista. Quem se forma em administração de empresas, além de trabalhar na parte administrativa de uma empresa, pode se especializar e atuar em outras áreas, como logística, marketing e até em bolsa de valores.
Quem pretende trabalhar na área e ter diferencial precisa ser dinâmico, saber lidar com pessoas, ter ambição profissional e aderir aos valores da empresa. Erimar afirma que a profissão é generalista. Quem se forma em administração de empresas, além de trabalhar na parte administrativa de uma empresa, pode se especializar e atuar em outras áreas, como logística, marketing e até em bolsa de valores.
Os cinco primeiros anos após a formatura, segundo ele, são bastante
importantes para nortear a carreira. “A empresa complementa o que se aprende na
faculdade”, afirma. Segundo ele, somente o salário não deve ser levado em
conta, já que a profissão pode oferecer ao empregado uma autonomia nos
negócios.
O salário inicial de um administrador de empresas, em São Paulo, fica entre
R$ 1.800 e R$ 2.000, de acordo com o Conselho Regional de Administração
(CRA-SP).
Como a profissão abrange diversas outras áreas, profissionais formados em
outros cursos, como economia e contabilidade, também podem atuar na função.
Maurício Ramos é gerente comercial da empresa. Ele é formado em economia, mas
diz que o trabalho que exerce é de um administrador. “Deveria ter me formado em
administração, porque meu trabalho não deixa de ser de um administrador”,
afirma.
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