Marcha cobra 10% do PIB para educação e pagamento do piso nacional do magistério
A 6ª Marcha pela Educação reúne entre 8
mil e 10 mil pessoas na capital federal, de acordo com estimativas da
organização do ato e da Polícia Militar. Com o lema "Independência,
Educação de Qualidade e Trabalho Decente", os professores reivindicam a
aprovação do Plano Nacional de Educação com destino de 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) para a área, combate à terceirização dos serviços
por levar à precarização do trabalho e a efetivação do piso nacional do
magistério sem a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), que mede a inflação, proposta defendida pelos governadores.
Atualmente, a legislação determina que o
piso dos professores deve ser corrigido de acordo com o percentual de
crescimento do valor mínimo anual por aluno do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
“Vamos alertar as
autoridades que não iremos aceitar nenhum retrocesso ou perda de
direitos. Vamos recorrer às greves e atos públicos para atingir os
nossos objetivos,” disse Roberto Leão, presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), uma das organizadoras da
marcha.
Os manifestantes concentraram-se em
frente à Torre de TV, no Eixo Monumental, uma das principais vias no
centro da capital, e irão caminhar até o Congresso Nacional, onde devem
chegar por volta do meio-dia. Às 14 horas, está prevista reunião com a
ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da
República, Ideli Salvatti, e às 15 horas, com o presidente da Câmara dos
Deputados, Marco Maia (PT-RS).
“Somos a sexta economia rumo à quinta
nos próximos anos e não temos uma educação com devido financiamento.
Isso irá gerar gargalos para o desenvolvimento nacional”, disse Antonio
Lisboa, diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
também organizadora do ato.
A pauta de reivindicações da marcha
envolve outros temas, além de educação, como a suspensão do Decreto
7777, de 24 de julho de 2012, que transfere atribuições da administração
pública federal a governos estaduais e municipais durante greves de
servidores públicos federais.