Para ministro, professor é prioridade, mas crise não pode ser ignorada
Mercadante espera que negociação com grevistas termine até fim de julho. Ministro quer que mostrem da onde virão os recursos para a Educação.
Durante audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do
Senado Federal, Mercadante disse que os professores têm prioridade, mas
que a crise internacional deve ser considerada.
"Não está se discutindo um reajuste, mas uma carreira. O governo tem o
compromisso de reestruturar a carreira docente. A proposta de
reestruturação do MEC é de valorizar a titulação e a dedicação
exclusivas. Por outro lado, a crise internacional não pode ser
ignorada", disse.
De acordo com Mercadante, o governo tem mantido diálogo permanente com
todas as entidades representantes das carreiras em greve e espera que a
negociação se resolva até o dia 31 deste mês. O ministro afirmou
novamente que considera a greve dos docentes "precipitada" e garantiu
que os acordos feitos com a categoria, como aumento de 4% nos salários e
a incorporação de gratificações, foram cumpridas.
Mercadante lembrou que a reestruturação da carreira será implementada
no orçamento de 2013. "Temos restrições, mas há um comprometimento do
Brasil para melhorar as condições de trabalho e salários dos docentes
brasileiros", afirmou Mercadante durante a audiência.
Investimentos
Dirigindo-se aos senadores presentes na discussão, o ministro da Educação afirmou que definir metas para o governo e declarar que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país será investido na educação não é suficiente.
Dirigindo-se aos senadores presentes na discussão, o ministro da Educação afirmou que definir metas para o governo e declarar que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país será investido na educação não é suficiente.
"É preciso que nos mostrem da onde que virão os recursos para
empregarmos na educação. (...) Instituir que 10% do PIB brasileiro será
aplicado na educação representaria um acréscimo no orçamento equivalente
a 5 CPMF's. Como não vamos criar novos impostos, é preciso realocar os
recursos que temos hoje", explicou Aloizio Mercadante.
Mercadante afirmou ainda que uma das alternativas mais viáveis seria a
vinculação das verbas obtidas com os royalties da exploração do petróleo
aos investimentos na Educação. "Que país o Brasil vai deixar
pós-petróleo e pós-pré-sal? [esses recursos] Não vão durar para sempre",
disse o ministro da Educação.
Fonte: G1
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