Sindicato sugere que professores em greve rejeitem proposta do governo
Assembleias nas instituições federais acontecem até a sexta-feira (20). Indicação do Andes é recusar a proposta e 'radicalizar' a greve.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes) recomendou que os professores das instituições federais de
ensino rejeitem a proposta feita pelo governo federal na última
sexta-feira (13) de criar um novo plano de carreira para a categoria. As
universidades e instituitos iniciam nesta segunda-feira (16) a
realização de assembleias para avaliar a proposta.
Em documento publicado na noite de domingo (15), o Andes enviou
encaminhamento aos sindicatos das instituições para que recusem a
proposta, mantenham a greve e intensifiquem a mobilização local dos
professores, além de "radicalizar as ações da greve, ampliando a
paralisação das atividades e desmascarando a proposta do governo" (veja tabela abaixo). Os sindicatos locais deverão enviar o resultado das assembleias ao Andes até as 19h de sexta-feira (20).
A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento confirmou que o
secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, tem uma reunião
agendada com o sindicato às 14h da próxima segunda-feira (23).
Segundo Marina Barbosa, primeira-secretária do Andes, as assembleias
serão feitas em cada universidade e cada instituto com professores em
greve. De acordo com o último levantamento do Andes e do Sindicato
Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e
Tecnológica (Sinasefe), o movimento conta com a adesão, total ou
parcial, de professores de 56 das 59 universidades federais e 34 dos 38
institutos, além dos dois Centros de Educação Tecnológica (Cefets) e do
Colégio Federal Pedro II. Servidores das universidades e institutos
federais também estão paralisados desde 11 de junho.
"Cada instituição vai tomar a decisão a partir da análise técnica da
proposta. O Comando Nacional de Greve analisou item a item a proposta do
governo", afirmou Marina. O indicativo do sindicato nacional é de
manter a greve e não aceitar a proposta do governo, segundo Marina. "Ela
não se aproxima da nossa proposta, mantém os retrocessos e aprofunda e
cristaliza toda a dinâmica dos últimos anos", explicou a
primeira-secretária.
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