Greve 'trava' ano letivo, mas não afeta vestibulares de universidades federais
Matrículas do 2º semestre estão suspensas e calendário pode ir até 2013. Instituições garantem, no entanto, que processos seletivos serão mantidos.
As universidades garantem, no entanto, que os processos seletivos para a
entrada de novos alunos no ano que vem não vão sofrer alterações. A
maioria usa o Sistema Nacional de Seleção Unificada (Sisu), como
processo seletivo, com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), que será no início de novembro. Outras fazem um processo misto,
com algumas vagas do Sisu e outras pelo vestibular próprio da
instituição.
Em algumas universidades federais, os professores votaram pelo fim da
paralisação, mas na grande maioria das 59 universidades federais a greve
continua. Até a noite de sexta-feira (17), cinco universidades haviam
encerrado a greve: as federais do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Ciências
da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e da Universidade de Brasília (UnB),
de São Carlos (Ufscar) e de Santa Catarina (UFSC). Na Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), professores do campus de Guarulhos, na
Grande São Paulo, votaram na quinta-feira (16) pelo fim da greve, que
continua nos demais campi.
Além disso, 12 campi do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e três do
Instituto Federal do Acre (IFAC) também decretaram o fim da paralisação,
segundo nota divulgada pelo Ministério da Educação. O MEC afirmou ainda
que "tem acompanhado junto às instituições os planos de reposição das
aulas perdidas durante a greve e pretende supervisionar diretamente a
aplicação do calendário letivo".
Enquanto a greve não termina -- pelo menos em 52 das 57 instituições
participantes do movimento nacional ela segue sem previsão de fim --, as
matrículas do segundo semestre estão suspensas tanto para alunos
antigos quanto para calouros, já que as aulas do primeiro semestre ainda
não foram concluídas na grande maioria dos cursos. Em alguns casos, os
professores que finalizaram o semestre não lançaram as notas nos
sistemas das instituições, já que os servidores técnicos e
administrativos também estão parados. Veja abaixo a situação nas
universidades federais:
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