Servidores de universidades federais encerram greve
Técnicos-administrativos assinaram acordo com o governo nesta sexta. Reajuste de 15,8% foi aceito; categoria deve voltar ao trabalho na segunda.

A proposta feita pelo governo de reajuste de 15,8% ao longo de três
anos foi aprovada pela maioria das assembleias nas instituições. Também
foi acordado um plano de capacitação contínuo para a categoria.
Janine Teixeira, coordenadora-geral da Federação dos Sindicatos dos
Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), disse
que a categoria considerou o percentual oferecido muito baixo, mas que o
acordo oferece outros benefícios para os servidores. "A categoria
aprovou, porque nós tivemos um avanço dentro da carreira muito maior que
o percentual, que foi muito baixo", disse.
Além da Fasubra, apenas a Federação de Sindicatos de Professores de
Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa os
professores, fechou acordo com o governo. As outras categorias de
servidores em greve ainda continuam com negociações em aberto.
Ao contrário de outras carreiras do serviço público federal, os
técnicos-administrativos das universidades não terão os dias parados
descontados do salário. A categoria, que reúne 183 mil
técnico-administrativos, entre ativos e aposentados, voltará ao trabalho
na próxima segunda-feira (27), de acordo com a Fasubra.
O reajuste concedido aos técnicos-administrativos e professores das
universidades federais terá impacto de R$ 7,1 bilhões nos próximos três
anos, totalizando R$ 18,95 bilhões para os servidores de todos os
setores, informou o ministerio do planejamento.
O secretario de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, disse que este
fim de semana será final para as negociações com as demais categorias de
servidores. Segundo ele, até domingo ainda serão realizadas 20 reuniões
com representantes dos sindicatos em greve .
"Estamos fechando aqui com mais de 40% de servidores ativos. Várias
categorias estão sinalizando positivamente", disse. O secretário se
declarou "moderadamente otimista" com os acordos a serem firmados.
Segundo ele, a oferta do governo está feita e é final dentro das
possibilidades orçamentárias do governo. Todas as categorias receberam a
mesma proposta de 15,8% de reajuste.
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