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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dicas de aprovados em concursos

Primeiros colocados em concursos públicos dão dicas




Passar em um concurso público tem sido o objetivo de muitos profissionais. A estabilidade e os salários atraentes são algumas das razões que fazem destes processos seletivos uma verdadeira batalha. Se conquistar uma vaga é difícil, alcançar a primeira colocação é mais ainda. Porém, há aqueles que vencem todos os outros candidatos e chegam lá. Será que existe o tal segredo da vitória?

— Geralmente, os que chegam nas primeiras colocações são candidatos experientes. Eles sabem como estudar e buscam formas eficientes de se preparar. Um dos grandes problemas é a pressa. Eles simplesmente param tudo e estudam de forma obsessiva. Terminam ficando desgastados emocionalmente e sacrificam a própria vida. Muitos, inclusive, desistem — afirma Alexandre Maia, psicólogo especializado em concursos.

Felipe Loureiro, de 25 anos, passou em seu primeiro concurso aos 16, quando ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar). Ele abandonou a vida militar e, quando prestou vestibular para administração, foi bem-sucedido em todas as instituições públicas, optando pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Ele, que ainda está na faculdade, passou em primeiro lugar no concurso do BNDES, para o cargo de técnico de arquivo. No concurso da Eletronuclear, onde trabalha atualmente, passou em quarto lugar, para a mesma ocupação. Tantos resultados positivos são, segundo Loureiro, graças ao controle emocional e a muita dedicação.

— Concurso é perseverança, não há fórmulas de sucesso. Eu me preparei conciliando faculdade e trabalho, dedicando quatro horas diárias aos estudos, durante a madrugada. Foi bastante cansativo, mas a motivação é estimulante. Conhecer bem a banca examinadora é essencial, por isso sempre estudo baseado em provas anteriores. Além disso, a minha tranquilidade me fez não perder o foco e manter a calma durante as provas — analisa Loureiro, que já está se preparando para concorrer ao cargo de agente da Polícia Federal.

Criar uma rotina de estudo é uma atitude defendida por Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso. Ele destaca a importância de não começar se exigindo muito e ir aumentando a carga de estudo aos poucos:

— O candidato deve construir o hábito de estudo, e esse é um processo gradual. No inicio, ele vai dedicar duas ou três horas por dia, e vai aumentando lentamente. Quando tiver efetivamente conseguido avançar em algumas disciplinas, pode abrir espaço para outras. Não há nada pior do que se propor a estudar muitas horas por dia e acabar não conseguindo cumprir o compromisso e ter um desempenho abaixo do esperado.

Flávia Picanço, que passou em primeiro lugar no primeiro concurso que tentou, para o cargo de técnico no Ministério Público da União (MPU), afirma que reservar alguns momentos para o descanso foi importante na sua trajetória.

— Aproveitei que estava desempregada e tinha tempo para me dedicar bastante, mas em alguns momentos do dia e aos domingos tentava esquecer um pouco os livros e me distrair. Eu fiz um cronograma e dediquei cada etapas do dia (manhã, tarde e noite) para diferentes matérias. Saber me organizar e manter o foco foram essenciais na minha trajetória — afirma a jovem de 30 anos, formada em engenharia, mas que pretende se manter no serviço público e tentará agora o certame da Receita Federal.

A ansiedade pode ser uma adversária dos candidatos no momento do tudo ou nada. Muitos querem estudar até o último momento e podem acabar se prejudicando. Juarez Lopes, diretor do Instituto de Otimização da Mente (IOM), critica o estudo até o último segundo:

— Acredito que quem realmente se preparou deve dedicar o dia anterior ao exame a alguma atividade de lazer. É preciso mudar a rotina, além de procurar dormir cedo. Estudar até a hora da prova pode provocar o tão temido “branco”, quando o candidato esquece de boa parte do que estudou.

Da Agência O Globo

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