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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A greve e seus problemas

Greve impede matrículas e trava começo de aulas na Ufersa, no RN

Professores entraram em greve no dia 17 de maio, com 100% de adesão. Na UFRN, aulas prosseguem e matrícula dos novatos foi realizada.

Após três meses, a greve afeta de forma distinta as duas universidades federais do Rio Grande do Norte. Na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), os veteranos ainda não concluíram o primeiro semestre e os novatos  ficaram impedidos de realizar as matrículas.  Já na maior instituição pública do estado, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a paralisação de 65% dos servidores não travou as matrículas e as aulas continuam.

De acordo com o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sinteste/RN), todos os professores da Ufersa pararam as atividades, provocando a suspensão do calendário acadêmico. As aulas foram canceladas faltando um mês para o término do primeiro semestre. A reposição só será feita quando for declarado o fim do movimento.

“Quando o ano letivo for retomado, nós professores deveremos ministrar um mês de aula, depois, 10 dias serão disponibilizados para as provas e, em seguida, 15 dias deverão ser de recesso. Mas o novo calendário vai ser, realmente definido, quando a greve for finalizada", disse o representante do comando local de greve e docente do curso de medicina veterinária da Ufersa, Domingues Fontenele. "Adianto que não há previsão para isso”, explicou.

O segundo semestre, portanto, não tem data para começar, tampouco as matrículas dos alunos que conseguiram vaga na universidade por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O Exame Nacional do Ensino Médio é a única forma de ingresso na Ufersa, por isso  ainda não há o balanço de quantos estudantes estão a espera do início das matrículas. Na UFRN, os 4 mil aprovados para o segundo semestre já estão estudando.
A Ufersa está acompanhando o movimento nacional, que começou ao mesmo tempo, em todo país. A paralisação atingiu 61, das 64 universidades federais. As três que ficaram de fora, não possuem representatividade junto a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).
 
Greve na UFRN
De acordo com o pró-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), João Evangelista, a paralisação de mais da metade dos servidores atrapalhou a matrícula dos aprovados no vestibular 2012, para o segundo semestre. “Os manifestantes bloquearam as entradas do Campus para impedir as matrículas, mas conseguimos contornar a situação e todos os novatos conseguiram se matricular”, comemorou o pró-reitor.

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