UFRN inicia discussão sobre Programa Mais Médicos para o Brasil
A Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN) iniciou a discussão na comunidade acadêmica da área da
saúde sobre o Programa Mais Médicos do Governo Federal, cujo objetivo é
ampliar o número de vagas dos cursos de graduação e pós-graduação
(residências) em Medicina, investir em infraestrutura dos hospitais e
unidades de saúde e levar mais médicos para regiões onde há escassez e
ausência desses profissionais.
Nesta segunda-feira, 22, a reitora
Ângela Paiva reuniu-se com professores, coordenadores de cursos e chefes
de departamentos do Centro de Ciências da Saúde e do Centro de
Biociências, para apresentar a proposta do governo federal e ampliar a
discussão com a comunidade acadêmica. Na ocasião, foi constituída uma
comissão que se encarregará de coordenar a discussão e apresentar
propostas, que serão encaminhadas, posteriormente, à Comissão Nacional
instituída pelos ministérios da Educação e da Saúde.
O pró-reitor de Planejamento, João
Emanuel Evangelista apresentou o programa e afirmou que um dos pontos
mais polêmicos diz respeito à proposta de acrescentar ao curso de
medicina mais dois anos, com atividades acadêmicas nas Unidades de
Atenção Básica.
Dentro do Programa Mais Médicos está
inserido o Projeto Mais Médicos para o Brasil, que tem a finalidade de
proporcionar o aperfeiçoamento profissional a médicos na atenção básica
em saúde em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS),
mediante oferta de curso de especialização por instituição pública de
educação superior e atividades de ensino, pesquisa e extensão, que terá
componente assistencial mediante integração ensino-serviço.
As universidades federais que fizerem
adesão coordenarão os cursos de capacitação (especialização em Atenção
Básica), com duração de três anos, que serão oferecidos aos médicos
participantes.
A UFRN, segundo Emanuel Evangelista,
deverá indicar tutores acadêmicos para acompanharem os supervisores
(médicos do SUS) e estes farão o acompanhamento dos médicos contratados
para o programa. “O tutor é o responsável pelo plano de trabalho que vai
definir as atividades de integração entre a parte acadêmica e a de
serviço, e definirá as atividades desenvolvidas pelos médicos
supervisores e médicos participantes”, afirmou.
O Projeto prevê a participação,
prioritariamente, de médicos formados no Brasil ou com diploma
revalidado, médicos brasileiros formados no exterior e médicos
estrangeiros com habilitação da medicina no exterior.
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